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Deus Ex Machina
Diz o grande pensador Friedrich Wilhelm Nietzsche “Uma vida sem questionamentos não merece ser vivida” Talvez em alguns momentos atribulados do meu dia eu concorde plenamente com isso, e em outra, navegando em mansidão, e anestesiado em utopia eu rejeite tal afirmação. O questionamento é a maneira que a sensatez e a lógica têm de nos dizer “Ei esqueleto encarnado, mova-se!” A ciência toma pra si as lacunas que a teologia permite. Ela começa a megalomanizar de tal forma que polemiza mesmo sem querer, e da mesma maneira que os visionários na idade média. Acusados de Heresia, charlatanismo, satanismo, blasfêmia e tudo o mais que pudesse depreciar suas honras, desacreditar suas teorias, e obviamente espoliar seus bens pra inquisição.
A grande discussão de onde reside consciência humana, se no corpo físico ou na alma imaterial, está para abrir um capitulo digno de roteiro cinematográfico. Cientistas neuro-cibernéticos se propõem a fazer um backup, uma cópia de segurança de todas as suas memórias e vivências pra dentro de um dispositivo de armazenamento de massa. Você vai passar a viver dentro de um corpo eletrônico. Essa tecnologia ao que me parece ainda não é possível. Mas tudo que hoje em dia está em uso e nos parece banal, já foi uma fantasia! Quem nasceu antes da era da internet, nem sonhava que isso seria criado, nem tão pouco a dimensão que ela tomou e ainda vai evoluir.
Instiga nossa imaginação, encoleriza os teístas, excita os ateus e fascina os idiotas. Ninguém fica indiferente a essa possibilidade de vida “eterna” Ao menos enquanto não formatarem o HD. As implicações éticas e religiosas são tantas, que eu fico imaginando como se sustentariam as crenças da entidade espiritual num ambiente paradisíaco ou infernal, após a morte do corpo físico. A redenção estaria ao alcance do poder financeiro. Porque é lógico que esse tipo de intervenção post mortem não deverá ser custeado pelos SUS da vida.
Enquanto vivos estamos cada vez mais inseridos dentro da Matrix. Aquele ambiente de simulação da vida real, conectados as maquinas, e que pra elas servíamos de baterias. Alguma identificação com a nossa realidade atual?
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